Este é um espaço seguro para quem viveu, está vivendo ou deseja apenas se informar sobre a manipulação emocional conhecida como gaslighting. Aqui você encontra apoio, esclarecimentos, relatos reais (com espaço para você compartilhar o seu relato) – porque reconhecer é o primeiro passo para se libertar.
Juntos, damos nome ao que nos feriu e abrimos caminho para a cura. Sua história importa. Sua saúde mental importa, você merece dignidade e a sua voz será ouvida.
Este blog nasceu da superação de uma jornada marcada por experiências dolorosas e confusas, recheada de perguntas comuns para todas as pessoas que suportam o peso do gaslighting. “Será que estou exagerando? Será que sou eu o problema?” ou “Será que estou paranoico ou talvez louco?”
O objetivo aqui é informar, conscientizar e oferecer acolhimento a quem enfrenta ou já enfrentou o gaslighting, uma forma sutil e devastadora de abuso psicológico.
Difundir informações sobre o tema é importante pois muitas pessoas são vítimas e não sabem ou não tem coragem nem meios de denunciar, o medo e a manipulação fazem parte dessa violência psicológica cruel.
Gaslighting é um tipo de abuso psicológico em que o agressor manipula, distorce ou nega a realidade, fazendo com que a vítima duvide constantemente de sua própria memória, percepção e sanidade. É uma forma de controle extremamente perigosa, pois mina a autoconfiança e o senso de identidade da pessoa, tornando-a dependente do abusador.
O gaslighting pode ser praticado tanto por indivíduos isolados quanto por grupos organizados, que se unem deliberadamente para manipular e fragilizar a vítima. Isso é comum, por exemplo, em seitas, grupos familiares tóxicos ou até mesmo em ambientes de trabalho, onde colegas e superiores se articulam para isolar ou subjugar alguém.
Muitas vezes, o gaslighting não vem sozinho. Ele costuma andar de mãos dadas com outros crimes e violações graves, como:
Onde a manipulação psicológica mantém a vítima submissa ou a atrai à situações psicologicamente vulnerabilizada e alienada.
Criando um ciclo de silêncio e culpa ou até mesmo gerando descrença na vítima para desencoraja-la a se abrir acerca do problema.
Usada para justificar e perpetuar agressões físicas e emocionais, colocando a vítima em um ciclo vicioso onde ela não consegue escapar ou denunciar o seu agressor.
Para manter funcionários vulneráveis e controlados alimentando o medo de reivindicar, respeitos melhorias, dignidade ou direitos, normalmente essas situação é acompanhada de ameaças.
Em alguns casos, o gaslighting serve como ferramenta para manipular alguém a ponto de entregar dinheiro, bens ou vantagens indevidas. Muito praticado por seitas.
Um dos métodos usados pelo(s) perseguidor(s) para manter a vítima fragilizada e dependente acompanhado de intimidações que podem ocorrer de maneira velada inviabilizando denúncias da vítima.
O termo “gaslighting” tem origem na peça de teatro britânica Gas Light, de 1938 (posteriormente adaptada para o cinema em 1940 e 1944), na qual um marido manipula pequenos elementos do ambiente doméstico — como diminuir gradualmente a luz das lâmpadas a gás — e insiste que sua esposa está imaginando tudo, levando-a a questionar sua própria sanidade.
A história ilustra de forma clara o núcleo do gaslighting: fazer a vítima duvidar de sua percepção da realidade, distorcendo fatos ou negando evidências para confundi-la e controlá-la.
Na psicologia atual, o gaslighting é reconhecido como uma forma de abuso emocional e psicológico, usada para enfraquecer a vítima e ganhar poder sobre ela. É frequentemente associado a relacionamentos abusivos (românticos, familiares, profissionais ou até mesmo em contextos coletivos, como seitas e cultos).
O gaslighting pode acontecer de maneira sutil e gradual, o que o torna difícil de identificar. Com o tempo, a vítima passa a questionar seus próprios pensamentos, sentimentos e memórias, tornando-se cada vez mais dependente dos abusadores para “interpretar a realidade”.